Live Mesh: qualquer modificação nos arquivos é reproduzida automaticamente no Live Desktop e em outros micros
O serviço online da Microsoft, que está em beta fechado, é prático para quem usa mais de um micro.
Depois de algumas semanas experimentando o serviço Live Mesh, da Microsoft, minha conclusão é que ele funciona bem e é muito prático para quem usa vários computadores e precisa ter acesso aos mesmos documentos em todos eles. Mas ainda é pouco para enfrentar os populares serviços online do Google. Para quem não acompanhou, o Live Mesh é um serviço de armazenamento e compartilhamento de arquivos na web. Foi apresentado pela primeira vez em abril e está em beta fechado. É bastante possível que o Live Mesh seja integrado ao Windows 7 - e o acréscimo é bem vindo.
Quando se cadastra no Live Mesh, o usuário ganha acesso ao Live Desktop, a área para armazenamento de arquivos online. Até aí, nada muito diferente de outros serviços similares. A própria Microsoft tem mais três: FolderShare, SkyDrive e Office Live Workspace. Todos permitem armazenar arquivos num servidor online, para ter acesso a eles em qualquer computador conectado à internet. Mas o Live Mesh vai mais longe. Oferece sincronismo automático com vários computadores e a opção de compartilhar arquivos com outros usuários.
O usuário pode criar pastas no micro e definir que elas serão sincronizadas com o Live Desktop. Para isso, basta clicar com o botão direito e acionar o comando correspondente. Depois, qualquer alteração na pasta local passa a ser reproduzida na sua duplicata remota e vice-versa. Esse processo é automático. Sempre que se grava, apaga ou modifica um arquivo naquela pasta, o programa de sincronismo entra em ação. Pastas em vários computadores podem ser sincronizadas entre si, via servidor. E é possível compartilhar as pastas com outras pessoas usando o mesmo sistema de sincronismo.
Por enquanto, o Live Mesh roda apenas em Windows XP ou Vista. Mas a Microsoft deverá liberar também versões para Mac OS e Windows Mobile. Pelo que sei, a empresa não planeja desenvolver uma versão para Linux, e nem para outras plataformas de smartphone. Isso deixa os mihões de usuários de iPhone, Symbian, Palm OS e Blackberry, por exemplo, fora da festa. Esse foco na plataforma Windows reforça minha suspeita de que o plano da Microsoft é integrar esse serviço ao Windows futuramente, em vez de comercializá-lo separadamente. Seria uma maneira de se contrapor ao Google e a outras empresas da web 2.0, que oferecem aplicativos e armazenamento online de graça e ganham dinheiro com anúncios.
A solução da Microsoft reúne todo o poder dos aplicativos que rodam no micro à ubiqüidade da web. Mas não me parece que isso seja o bastante para enfrentar o Google Docs e outros serviços similares. No modelo do Google, o anunciante paga a conta e o serviço sai de graça para o usuário - o que é uma óbvia vantagem. E é possível editar os documentos em qualquer micro conectado à internet, sem se preocupar com a instalação de aplicativos. O Microsoft Office continua sendo muitíssimo mais poderoso que qualquer pacote para escritório online. Mas a maioria das pessoas usa apenas um pequeno subconjunto das suas funções. Para essas pessoas, o Google Docs é, quase sempre, suficiente.
Via Estação Windows